sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Na Bahia também tem: Gordurinha e Risadinha
Filme os bandeirantes, cena com música de fundo com Gordurinha e Risadinha cantando juntos
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
chiclete_com_banana.mp4
Orora Analfabeta
ORORA ANALFABETA = SERESTA MODERNA NO CENTRO MUNICIPAL DE REFERÊNCI...
Patricia Cruz - Pau de arara é a vovozinha.mpg
domingo, 19 de dezembro de 2010
RIO, NOSSA AMIZADE
domingo, 28 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
Zé Ramalho canta "Chiclete com Banana"
domingo, 7 de novembro de 2010
Gordurinha: Abrindo as Gavetas da Memória Musical - Texto de Elizabeth Nogueira
"Ganhar um troféu é passar por todo um caminho cheio de obstáculos! É cruzar toda a passarela do sucesso, depois de ter enfrentado cara-a-cara, mil dificuldades. Ganhar um troféu é ter passado pelo mutismo da platéia dos primeiros dias. É ter ouvido piadas de corredores... e ter conquistado finalmente o aplauso daqueles que silenciavam ontem, e hoje resolveram gritar freneticamente". (Gordurinha - referindo-se ao Troféu Luiz Gonzaga recebido pelo Trio Nordestino)
Waldeck Artur de Macedo - Gordurinha - entrou para a Imortalidade
Se tivesse que descrever Gordurinha com mais uma qualidade dentre tantas que já lhe são atribuidas, eu diria: resiliente. Gordurinha passou por várias percas, desesperava, chorava, foi ao chão diversas vezes, mas agarrou-se a sua vontade de vencer e renasceu sempre que a vida assim dele exigiu, dando continuidade aos ideais que davam sentido a sua vida.
Aos 4 anos Gordurinha sofreu a perda de seu pai e contou com o apoio de seu avô para receber uma educação de qualidade. Na adolescência escrevia poemas, aprendeu os primeiros acordes de violão. Confiante posicionou-se no caminho que apontava a direção da realização de seu sonho: ser um artista. Na juventude empolgou-se com as primeiras apresentações como cantor do conjunto Caídos do céu; e em sua atuação na rádio como comediante tendo como parceiro o compositor e humorista Dulphe Cruz; e depois como integrante de uma pequena troupe de artistas mambembes. Gordurinha misturou os melhores ingredientes e pronto. Fez conhecido o artista que era.
Descobri fatos incríveis pesquisando a vida e obra de Gordurinha. Ri e chorei lendo o livro "Gordurinha: Baiano Burro Nasce Morto", escrito por Roberto Torres. E reconheço, é palpável a ideia de que o que aproxima o artista de seu público é saber o que se guarda na gaveta, ou seja aquelas preciosidades ao alcance apenas dos familiares e dos amigos. Fatos corriqueiros, curiosidades, dúvidas e certezas... Então, parafraseando Rolando Boldrin que diz: "Vamos tirar o Brasil Musical da Gaveta". Vamos tirar as Memórias Musicais de Gordurinha da Gaveta! Aprendi que sempre que compartilhamos fatos memoráveis adicionamos a estes doses de carinho, emoções e um pouco mais de história.
Em visita aos Blogs de familiares e amigos de Gordurinha percebo o quanto é contagiante as lembranças da vida e obra deste artista. Cada um deles tem um arquivo pessoal a compartilhar. E posso dizer que a paixão de Gordurinha pela palavra falada, escrita e musicada antes uma semente, encontrou terreno fértil e propagou-se em flores e frutos. Uns fazem rádio, cantam, outros escrevem. E assim diante de tamanha efervecência artistica eu como tantos outros que não tiveram o prazer de assistir as apresentações de Gordurinha... sentem como se o tivessem conhecido pessoalmente. De modo que vou citar aqui duas situações distintas que confirmam tal afinidade.
Outro dia a Leide Warthon, filha do Gordurinha, reuniu-se com amigos, e remexeu suas memórias guardadas carinhosamente em uma gaveta e cantou com os amigos "SÚPLICA CEARENSE", de Gordurinha e Nelinho, tendo o cantor-compositor e músico Zé Di acompanhando-os ao violão. Não estive presente mas vi as fotos e o vídeo do que se pode chamar de um dia agradável; e imaginei todo o saudosismo que impregnou aquela reunião.
Sintonia semelhante se faz notar nas poesias escritas por Waldeck Luiz. Algumas de suas poesias e o Blog que fez em homenagem a seu avô permitem ao apreciador fazer uma releitura da emoção, história e cultura presentes na vida e obra de Gordurinha. Suas memórias musicais ao sairem da gaveta ampliam-se em significantes e significados, como na poesia:
GORDURINHA
Waldeck Luiz
QUEM SABE UM DIA OS MALES SERÃO CURADOS
E OS ERROS DO PASSADO SERÃO PASSADO
QUEM SABE UM DIA ESSA CORDILHEIRA DE ÓDIOS COMO FOI DITO
SEJA FINALMENTE DISSIPADA COM O CALOR DA PAZ
ESSA CATARATAS DE LÁGRIMAS SEQUE
COMO ERA SECO SEU SERTÃO
E DEUS FAÇA CHOVER COMO FEZ CHOVER
NA SUA SUPLICA CEARENSE
QUE DEUS NOS FAÇA MELHOR COM SUA
PRECE PARA OS HOMENS SEM DEUS
QUE SEJAMOS TAO FELIZES
QUE POSSAMOS MISTURAR CHICLETES COM BANANA
VIAJAR NA CANTAREIRA
QUE ESSA PRECE SEJA OUVIDA
QUE MEU FILHO APRENDA
COM UMA CARTA DE ABC NA MÃO
AH ,JÁ VIU
ELE NÃO VAI ENTENDER BULUFAS
E VAI CASAR COM UMA ORORA ANALFABETA
DEIXO ENTÃO
MEU POEMA DOS SEUS NÃO CABELOS BRANCOS
E ACEITE
O MEU GOOD BYE".
Os mesmos resquícios memoriais encontramos nas poesias: "Sociedade Falida"; "Baião para Americano Ver". Tais palavras trazem uma assinatura que identifica o artista que a inspirou: Gordurinha. A cada geração suas palavras podem até ganhar novos frascos, mas a essência é sempre a mesma.
Gordurinha mais que uma referência aos iniciados e iniciantes na arte, foi exemplo de talento, perfeição, genialidade e criatividade. Capaz de "rasgar seu espaço" criou personagens humoristicas peculiares, meio matuto, cheios de sabedoria popular e perspicácia, como Seu Abóbora. Compôs samba, coco, baião, mambos. Mencionou a bossa-nova o tropicalismo... Disseminou protestos sutis, implicitos e explicitos. E isso em plena ditadura, dias em que anonimato, discrição, omissão significavam: ter casa, emprego; e principalmente manter-se vivo...
Síntese do artista completo. Gordurinha foi um dos mais dinâmicos artista de circo, teatro, rádio, televisão, cinema. Cantava, tocava, atuava, apresentava, divertia. Admirável compositor-cantor, suas letras trazem a "bagagem" de suas vivências, ao mesmo tempo em que divertiam também combatiam a intolerância e o preconceito. Autor de obras primas da nossa música, como: "Súplica Cearense" e "Chicletes com Banana". Ator cativante, basta ver sua participação na comédia musical "Titio não é Sopa" (1959), de Eurídes Ramos lançada pela Atlantida Cinematográfica. Como produtor musical ajudou a produzir um dos melhores discos do Trio Nordestino. Acima de tudo, Gordurinha deixa registros de um cidadão engajado as causas sociais. Prenunciou o manguebeat de Josué de Castro e Chico Science na emblemática "Vendedor de Caranguejo".
Gordurinha eternizou-se deixando um legado impar na memória sócio-cultural brasileira, com a profundidade necessária para criar raízes e também atrair prestígio de "um cartaz internacional", como dizia a letra de "Calouro Teimoso", composição de Gordurinha e Nelinho.
Viva Gordurinha!
Elizabeth Nogueira
AGRADECIMENTOS
sábado, 6 de novembro de 2010
TEXTO DE ELIZABETH NOGUEIRA
domingo, 31 de outubro de 2010
suplica cearense
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
HOMENAGEM A GORDURINHA NA RÁDIO USP
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
HOMENAGEM AO GORDURINHA NA RÁDIO USP
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
FILHOS DE GORDURINHA ( WALKIRIA ,WALMIR E ROSA)
sábado, 14 de agosto de 2010
SÚPLICA CEARENSE
súplica cearense
O MARIDO DA VEDETE
CALOURO TEIMOSO - GORDURINHA
Fagner - Súplica Cearense
O Rappa - Suplica Cearense
História de Gordurinha
sábado, 31 de julho de 2010
ANESTESIA PRA MORAL
A CADEIA DA VILA
terça-feira, 13 de julho de 2010
Entrevista com filha de Gordurinha Walkiria Ivonete
Como era gordurinha em casa com a família?
Òtimo. Sempre alegre, fazendo gracinhas o tempo todo.ele tinha a mania de me pedir as coisas em espanhol, idioma que dominava.
Você costumava ir aos programas de radio com seu pai ,como era ver suas apresentações?
Sim. Eu sempre fui aos programas que papai fazia tanto em rádio com televisão, shows. sempre viajava com ele para suas apresentações.
Qual a comida preferida de Gordurinha?
Feijão preto com bastante carne, tipo, charque, carne-do-sol, toucinho, paio, e outras. Mas não podia faltar farinha nem pimenta.No café da manhã era bife mal passado, inhame, mandioca(macaxeira).
Quais as canções que você presenciou seu pai fazer e lhe mostrar depois de prontas?
Algumas.
Gordurinha costumava dar canções para outras pessoas regravarem?
Sim. Ele sempre fez isso.E não foram poucas.
Gordurinha chegou a lhe oferecer alguma música ?
Ele me ofereceu Mambo da Cantareira, mas não. Foi quando ele me perguntou se eu ficaria zangada se ele desse essa Obra para Elóide Warthon. Quando disse que não, ele colocou no seu nome.
Qual era a musica que gordurinha mais gostava de tocar em casa?
ele não tinha uma música preferida. Mas gostava de tocar e cantar as mais alegres.
Alguns artistas eram amigos particulares de gordurinha,quais amigos mais freqüentavam a sua casa?
Sivuca, Genival Lacerda, Waldick Soriano, Trio Nordestino, entre outros.
Gordurinha sempre fez musicas engraçadas ,mas com conteúdos nada engraçados ,como você enxerga a visão de GORDURINHA COM A ÉPOCA E AGORA DEPOIS DE 40 ANOS S DE SUA PARTIDA?
As músicas de papai estão mais atuais que nunca.Ele realmente, enxergava á frente.
Qual o time do coração de Gordurinha?
Em São Paulo, Corinthians. No Rio de Janeiro, Flamengo.
Cite sobre o artista e o pai de família!
O artista, sem dúvida foi e será sempre um gênio. Inteligente, ganhou a alcunha de O homem do Raciocíneo á jato.
Muito criativo como autor, humorista, ator dramático e tinha uma bela voz
domingo, 11 de julho de 2010
Biografia de Gordurinha escrita por Roberto Torres
domingo, 4 de julho de 2010
DISCOGRAFIA
- (2001) A bossa do Gordurinha . BMG/ RCA .CD
- (2000) Jackson do Pandeiro e Gordurinha. Enciclopédia Musical Brasileira • Warner Music • CD
- (1999) A Confrária de Gordurinha .Warner .CD
- (1994) Carmélia Alves e Gordurinha .Continental/warner . CD
- (1987) Súplica Cearense .Continental.LP
- (1969) Gordurinha .Musicolor LP
- (1967) Súplica Cearense .Continental.LP foi re - lançado em 1987
- (1963) Nordeste sangrento/50 megatons • Copacabana • 78
- (1963) Gordurinha...um espetáculo • RCA Victor • LP
- (1962) Baiano não é palhaço/Carta de ABC • RCA Victor • 78
- (1962) É um calo só/Aquarela do morro • RCA Victor • 78
- (1961) Olha o rapa/Marcha do pescador • Continental • 78
- (1962) O dono do circo/Meio termo • Continental • 78
- (1962) A Bossa do Gordurinha • RCA Victor • LP
- (1961) Bossa quase nova/Tô doido pra ficar maluco • Continental • 78
- (1961) Copacabana-mambo/Já fui palhaço • Continental • 78
- (1961) Meu amigo Oliveira/Praça do Ferreira • Continental • 78
- (1961) Mamãe tô agradando • LP
- (1960) Não sou de nada/Eu preciso namorar • Continental • 78
- (1960) Súplica cearense/Poeira de morte • Continental • 78
- (1960) Mambo da cantareira/Deixa pra mim • Continental • 78
- (1960) Marcha da cantareira/Meu tutu • Continental • 78
- (1960) Gordurinha tá na praça • LP
- (1959) Baiano burro nasce morto/Sorvete com gelo • Continental • 78
- (1959) Tenente Bezerra/A cadeia da vila • Continental • 78
- (1959) Chicletes com banana/Baianada • Continental • 78
- (1959) Oito da Conceição/Vendedor de caranguejo • Continental • 78
- (1956) São Paulo x Rio /Faroleiro . Continental .78
- ( 1955) Soldado da Rainha/ Sonhei com você . Continental . 78