quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Música Popular Brasileira completa 42 anos sem Gordurinha



Eu, Sem Caminho
Gordurinha

...Eu sei das minhas convicções, da minha cor preferida. Sei de que lado estou e analisando bem não gosto dos lados, prefiro o meio. É bom ficar no meio e olhar para o alto. De todas as cores, o azul me fala mais. Fala melhor de tranquilidade e eu estou precisando disso. O azul do céu de Deus...

Desculpe, eu falo claro
Sem rodeios, o que sinto
A verdade eu não minto
A mentira não constrói
E a verdade eu sei que dói
Eu olho pro lado e não vou
Tem abismo
Eu olho e não vou
Olhar pra trás é pior
É fome, é frio, é calor
Poeira de estrada barrenta
Caminho de pedras sem flor
Eu não vou, não vou
Eu olho pro lado e não vou...
Só falta olhar pro alto
Eu quero olhar pro céu
Eu posso olhar pra cima
Afinal eu não sou réu
Lá em cima tudo é azul
É pra lá que eu sei que vou
O azul do céu de Deus
Sempre foi a minha cor
O azul do céu de Deus
Sempre foi a minha cor...
(Gravação: Gordurinha - Disco: Gordurinha
- Gravadora: Musicolor - Ano: 1968)


Começo esta postagem trazendo a letra da música "Eu, sem Caminho", uma bela composição de Gordurinha. A letra parece ter saído de seu coração um dia que ele rememorando seu passado pode fazer um paralelo com seu presente e constatou com todas as letras que não ia voltar atrás porque mesmo que um dia lhe faltasse caminho os céus enfim o presentearia por seus feitos...

Domingo, 16 de janeiro de 2011 completou 42 anos que Waldeck Artur de Macedo, o Gordurinha foi conferir de perto "o azul do céu de Deus", sua cor preferida. São quatro décadas de muita saudade por parte dos familiares, amigos, fãs que conheceram um homem de vários saberes, cheio de sonhos, projetos e realizações.

Gordurinha, um dos mais dinâmicos artista de circo, teatro, rádio, televisão, cinema, também compôs, tocou e cantou melodias que traziam em suas letras a "bagagem" de suas vivências, algumas delas cheias de humor e sarcasmo, outras choravam as tragédias sociais e climáticas que lhe doiam até mesmo olhar pra trás ou pro lado.

Era fome, seca, poeira, enchentes, um "caminho de pedras sem flor", um lugar para o qual ele tinha certeza de não querer voltar, pois secou- lhe a saudade mas não lhe tirou a esperança e a fé de seguir em frente em busca da tranquilidade, do azul de um dia perfeito.

Pode-se dizer que tudo começou em Salvador, no dia 10 de agosto de 1922, mas o artista mesmo nasceu para o público em 1938, quando Gordurinha fez parte do conjunto vocal "Caídos do céu". Depois ele se alistou a vida do teatro, do circo e sua música ganhou pantomimas e ele criou personagens inesquecíveis.

E então, Gordurinha espraiou-se entre as gentes, cidades e estados desse nosso Brasil e até hoje é lembrado com muito carinho sendo citado e homenageado por radialistas, escritores, interpretes, e tantos outros que creditam a riqueza de sua obra um legado as gerações.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Música de Gordurinha no Simuladão ENEM/2010 - Editora Abril


O Enem é uma etapa fundamental do processo de ensino-aprendizagem, sendo feito por milhões de alunos de todo país - por isso a importância de uma boa preparação, pois o aluno que valoriza a leitura, a curiosidade, a criatividade e que se mantém atualizado tem enorme chance de sucesso na prova.

Sabe-se que o Ministério da Educação (MEC) elabora o Enem, a cada ano, tendo como base uma Matriz de Referência publicada em maio de 2009. Nela, resumem-se conhecimentos e habilidades esperadas nos alunos, aferidas por meio de questões de complexidade variada: há questões fáceis, médias e difíceis.

Além de ficar atento ao conteúdo curricular dos cursos regulares do Ensino Médio, o MEC preza pela interdisciplinaridade em quatro linhas gerais de conhecimento (Linguagens e Códigos; Matemática; Ciências da Natureza; Ciências Humanas) e espera que o estudante apresente desenvolvimento cognitivo em cinco competências básicas comuns a quaisquer áreas de conhecimento: domínio de diferentes tipos de linguagens, compreensão e interpretação de fenômenos, solução de problemas, construção de argumentações para a defesa de pontos de vista e elaboração de propostas novas.

Nos dias 15 e 16 de maio de 2010 o Guia do Estudante da Editora Abril em parceria com a Universidade Anhembi Morumbi realizou a terceira edição do mais conceituado simulado para o Enem. O Simuladão elaborado pela equipe do Guia do Estudante apresentou 180 questões objetivas de múltipla escolha divididas nas quatro áreas gerais de conhecimento; e redação. A aplicação e a correção das provas ficaram sob a responsabilidade dos mestres da Anhembi Morumbi. Veja o regulamento do Simuladão ENEM Guia do Estudante/2010 - da Editora Abril (aqui) As inscrições gratuitas a todos estudantes do Brasil estiveram abertas no site.

Os candidatos tiveram que apresentar documento de identidade original e e-mail impresso comprovando a inscrição. Tanto rigor se justifica: além de preparar os estudantes de segundo e terceiro anos de Ensino Médio para o Enem 2010, o Simuladão premiou os três melhores desempenhos. O campeão ganhou um carro 0km, segundo e terceiro colocado levaram um notebook cada.

No Simuladão do ENEM/2010 - da Editora Abril - a música "Chicletes com Banana", de Gordurinha está na questão 16 da página 12, na área "Linguagens, Códigos e suas Tecnologias":


QUESTÃO 16

Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Única lei do Mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.

(Fonte: Andrad, Oswald de. Manifesto Antropófago. In : A Utopia
Antropofágica. 3ed. São Paulo: Globo, 2001, p. 47)


Em seu Manifesto Antropófago, Oswald de Andrade defende uma antropofagia cultural com a absorção de elementos de outras culturas como forma de enriquecer e aprimorar a cultura local. Identifique nas letras a seguir, retiradas da Música Popular Brasileira, ideias que se aproximem à do poeta modermista.

a) Só ponho bebop no meu samba/ Quando Tio Sam pegar o tamborim/ Quando ele pegar no pandeiro/ E no zabumba/ Quando ele entender/ Que o samba não é rumba/ Aí eu vou misturar/ Miami com Copacabana/ Chiclete eu misturo com banana/ E o meu samba vai ficar assim... (Chiclete com Banana, Gordurinha/ Almira Castilho)

b) Aquilo que era mulher / Pra não te acordar cedo / Saía da cama na ponta do pé / Só te chamava tarde, sabia teu gosto / Na bandeja, café / Chocolate, biscoito, salada de frutas / Suco de mamão / No almoço era filé mignon / Com arroz à la grega, batata corada / Um vinho do bom. (Vacilão – Zé Roberto)

c) Carcará / Pega, mata e come / Carcará / Num vai morrer de fome / Carcará / Mais coragem do que home / Carcará. (Carcará – João do Vale e José Cândido)

d) No sinal fechado / Ele vende chiclete / Capricha na flanela / E se chama Pelé / Pinta na janela / Batalha algum trocado / Aponta um canivete / E até. (Pivete – Francis Hime e Chico Buarque)

e) Eduardo e Mônica eram nada parecidos / Ela era de Leão e ele tinha dezesseis / Ela fazia Medicina e falava alemão / E ele ainda nas aulinhas de inglês / Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus / De Van Gogh e dos Mutantes / Do Caetano e de Rimbaud / E o Eduardo gostava de novela / E jogava futebol de botão com seu avô. (Eduardo e Mônica – Renato Russo)

FONTE

SLIDESHARE

sábado, 8 de janeiro de 2011

Sergio Reis - Suplica Cearense.wmv

Elba Ramalho - Suplica Cearense